O governo de São Paulo deve fechar cerca de 300 classes de escolas estaduais. De acordo com a Secretaria da Educação, os alunos não mudarão de escolas e turnos, mas haverá o fechamento de 312 salas de aula. Das 35 escolas estaduais existentes em São Paulo, apenas 9 não sofrerão mudanças.
Porém, um levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), aponta que o número de classes fechadas é maior: 326. Esse levantamento também mostra as regiões mais afetadas: Araras (36 salas) e Osasco (9).
A gestão do governo Tarcísio diz obedecer uma resolução de 2016, alterada em 2018, que estabelece o redimensionamento de classes ao final de cada bimestre se houver aumento ou diminuição da demanda escolar.
Piora no ensino de escolas estaduais
O Sindicato aponta que esse fechamento terá consequências nefastas para a educação: salas superlotadas, maior esgotamento de estudantes e docentes, além de estudantes mais dispersos em aula. Ou seja: piora na qualidade do ensino.
O anúncio é ainda mais problemático considerando as discussões sobre itinerário formativo. Em classes superlotadas, há escolas que estão remanejando os estudantes e mudando a escolha deles (sobre qual área estudar, Humanas, Exatas, etc). Na prática, isso implica desrespeitar as escolhas dos estudantes sobre seu futuro profissional. De acordo com resolução governamental, as salas devem ter no máximo entre 30 e 45 estudantes.
