Uma nova rede social que abriga perfis que fazem apologia de violência nas escolas foi identificada e reproduzem ameaças de ataques. O nome desta nova rede social não foi divulgada por jornais para não dar publicidade.
O lançamento desta rede ocorreu no mesmo dia em que o Ministério da Justiça publicou uma portaria que obriga redes sociais a retirar conteúdos que fazem apologia à violência nas escolas. A nova rede social o formou que não vai bloquear tais perfis, o que desrespeita a determinação do governo.
Ela alega defender a liberdade de expressão. Especialistas argumentam que esse argumento é falacioso, já que nenhum direito é absoluto nem pode violar outros direitos. A denúncia da nova rede social foi feita à Polícia Federal por 2 pesquisadoras que produziram um relatório sobre esta plataforma.
Relatório sobre a plataforma
No relatório sobre a nova rede social, as pesquisadoras descrevem os conteúdos das publicações e como elas ajudam a financiar a violência em escolas. Há fotos de perfis com a máscara de caveira na plataforma – este é um símbolo de extrema direita já usado anteriormente em ataques a escolas. as também aponta que existem publicações voltadas para arrecadar dinheiro para financiar esses ataques.
A nova plataforma já é encontrada facilmente nas pesquisas do Google. Em nota, o Google informou de que, mesmo aparecendo em sua plataforma, a nova rede social não está classificada com destaque.
Como denunciar
Qualquer cidadão pode registrar uma denúncia no canal criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Para fazer isso, é preciso preencher um dos dois campos: “Página da Internet” ou “Comentário”. Depois, basta clicar em “Denunciar”.
É importante lembrar que as informações e a identidade do denunciante ficam sob sigilo. O mais recomendado pelas autoridades é que quem denuncia insira o maior número de informações possíveis. Isso é fundamental para a análise do registro e posteriores investigações.
Na semana passada, o governo federal anunciou uma série de medidas para monitorar a disseminação de publicações que incentivem e organizam ataques a escolas. A Justiça brasileira deu 24h para o Telegram entregar dados à PF sobre tais ataques, sob o risco de ser suspensa no país.
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